Não sou "Chico Chicote"! Por:João Tavares Calixto Junior



Era julho de 1928 e Izaias Arruda de Figueiredo, Prefeito de Missão Velha mandava dizer ao Tenente José Bezerra, de Joaseiro, que não era 
Francisco Chicote e sim, Izaias Arruda, e que não temia nem "ao Diabo"... 

Isto, em virtude desse oficial ter enviado 
a Missão Velha o Tenente Antônio Leite, que junto a dez praças, tentou prender a João Serra, facínora acobertado em casa do régulo aurorense.

João Tavares Calixto Junior
Pesquisador e escritor
Juazeiro do Norte, CE

PARA ENTENDER: O Tenente José Bezerra foi o principal protagonista de umas das mais covardes chacinas do ciclo coronelístico do sertão de nosso nordeste, quando comandando mais de 100 homens cercou e depois de 36 horas de muita bala acabou com a vida de Chico Chicote, nas Guaribas, em Porteiras.

Um comentário:

Adalberto disse...

O Cel. Izaias Arruda promoveu uma aproximação com Lampião antes do assalto a Mossoró. Depois do fracasso da empreitada de Lampião, este retornou ao Ceará para prestar contas de seu fracasso ao dito Coronel, que havia encomendado e financiado a expedição. Este, marcou um almoço em sua fazenda, para recepcionar Lampião e seus homens. Contudo, na hora do almoço o Coronel não apareceu. Desconfiado, Lampião não comeu da comida e os cangaceiros foram envenenados. Imediatamente, Lampião mandou abrir fogo sobre os homens que serviam a comida e recebeu também uma chuva de balas que vinham de fora da casa, dos fuzis dos homens do Coronel, que foram enviados para dar cabo de Lampião e seu bando. Mesmo sob intenso tiroteio, conseguiram fugir para a caatinga. Meses mais tarde, o Coronel Izaias Arruda foi assassinado em um trem que viajava para Fortaleza.

Adalberto Jordão da Silva
Historiador - Belo Jardim-PE.